quarta-feira, 4 de maio de 2011

ESTENDER A AGUILHADA

Por pouco ou quase nada ...


Hoje de manhã quando regressava da caminhada matinal ia estendendo a aguilhada, contava eu á minha mulher que me olhou com ar interrogativo.

Percebi que não entendeu o sentido da frase e repeti: - Sim, ia estendendo a aguilhada!

Eu ouvi bem mas não sei o que queres dizer com isso, perguntou.

Expliquei melhor:- Oh mulher, ia caindo, estatelando-me ao comprido! Por pouco ou quase nada que não tropeço no gato e caio.

Esta frase saiu-me naturalmente sem pensar. Há anos atrás era muito comum ouvir-se mas actualmente caiu em desuso, até porque também já não se usa a aguilhada.

A aguilhada era um instrumento constituído por um pau ou vara com cerca de metro e meio de comprimento e poucos centímetros de diâmetro que numa das pontas tinha uma espécie de espátula de ferro que servia para libertar o arado da terra, ervas ou raízes que se lhe prendiam e dificultavam a lavoura. Na outra ponta tinha atada uma pequena corda ou correia que servia para tocar e incitar os animais que puxavam o arado.

Naturalmente que se a aguilhada caia estendia-se ao comprido no que em sentido figurado foi transposto para outros casos de pessoas, animais ou objectos.

Fazendo votos para que ninguém estenda a aguilhada, resta-me desejar-vos um bom dia!

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JJ Rodrigues