"Conceição freguezia derramada por cazaes a N.O. de Faro, quasi toda em terreno plano e de boa produção de cereaes e algum figo. Igreja mediana em fábrica, junto á ribeira que vêm á ponte do Rio Secco na estrada de Faro, só com casas do parocho ao pé, o qual pagava outr´ora 400 réis por anno ao prior de S. Pedro de Faro, de reconhecença. Confina com Estoi ao N., S. João da Venda e Stª. Barbara a O., Faro a S., Pexão a E. ... antigo curato de apresentação do Bispo no termo de Faro..."
sábado, 27 de setembro de 2014
MEDIDA DO PAUZINHO
Hoje de manhã, quando numa sapataria experimentava sapatos para calçar no inverno, o pensamento recuou alguns anos, levando-me até à minha infância.
Nesse tempo o meu pai quando queria comprar-me algum par de calçado, levava simplesmente um pequeno pau com a medida do meu pé e era esse o tamanho do sapato, bota ou sandália que comprava.
Por vezes, em vez do pauzinho levava um pequeno cordel, mas a medida tirada com o pau, dava mais certo.
O mesmo servia para levar ao sapateiro e encomendar o calçado que o homem fazia regulando-se pela medida do pauzinho.
Habituado a andar de pé descalço muito dificilmente os meus pés aceitavam calçado.
Recordo-me do esforço e sacrifício que foi calçar as minhas primeiras botas que o meu pai comprou para eu poder ir à escola primária.
À cautela ele havia comprado umas botas de tamanho um pouco acima do meu para que me servissem durante mais que um ano, mesmo que o pé crescesse.
Eu só as aguentava calçadas enquanto ia e estava na escola, porque à saída descalçava-as imediatamente pendurando-as ás costas.
Felizmente perdeu-se este costume da medida do pauzinho que pelo menos na nossa aldeia era uso, mas para que não se perca a memória, recordo-o nestas breves linhas.
Um bom fim de semana para todos!
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JJ Rodrigues