sábado, 8 de dezembro de 2012

DIA DE FESTA


Longe vão os tempos em que "os vistosos fogos de artificio" eram uma das principais atracções da festa em honra da nossa Padroeira, Senhora da Conceição que anualmente se realiza na nossa aldeia, no dia 8 de Dezembro.

Um balão, duas árvores de fogo, uma cascata, foguetes de lágrima, morteiros e foguetes, era o que desde a alvorada que se fazia pontualmente ás 7,00 horas da manhã, até depois da meia-noite quando ardia a última árvore de fogo, se podia ver e ouvir.

Todo este fogo era produzido na pirotecnia do Clarim, existente na Conceição de Faro.

O fogo de artificio servia ao mesmo tempo de chamariz e atracção  porque o seu estrondo ecoava por toda a freguesia e redondezas, lembrando a todos que a Conceição de Faro estava em festa.

Aliás quase um mês antes, os os membros da Comissão Paroquial, juntavam-se aos pares, percorrendo toda a freguesia, casa a casa, fazendo o peditório para a festa e entregando o respectivo prospecto com o programa.

Algum tempo antes já tinham sido convidados o Juiz e a Juíza da festa.

Como sempre a festa comporta a parte religiosa e a quermesse.
  • A festa religiosa, começava com a missa, seguindo-se a procissão e terminando com o habitual sermão, o que ainda hoje acontece.
  • A quermesse decorria no adro da igreja, todo decorado com folhas de palmeira e iluminado com centenas de lâmpadas incandescentes e onde eram instaladas a mesa dos ramos, o bazar e a tombola.
  • O "vistoso fogo de artificio" começava logo com a alvorada, depois a espaços durante a tarde, até á saída da procissão, cujo percurso era todo assinalado, com o lançamento continuo de foguetes. Durante a noite, eram lançados os foguetes de lágrimas, o balão e queimadas as árvores de fogo.
  • Na parte frontal da igreja, instalava-se uma "cascata de fogo de artificio" que era queimada no regresso da procissão á igreja.
  • Na tarde decorriam animados jogos tradicionais, como a corrida de sacos, a partida de panelas e o pau ensebado, entre outros.
  • A troco duma moeda, as meninas colocavam-nos na lapela, um alfinete com fitas coloridas. Também no bazar e na tombola, tiravam-se rifas, para ganhar prémios.
  • Na tarde, era efectuada a procissão dos ramos com os ofertantes precedidos da banda filarmónica desfilando, desde a entrada da aldeia (lado de Faro), até á mesa junto á igreja, onde colocavam os seus ramos.
  • Na casa paroquial  funcionava a "casa do chá", onde se podia adquirir e consumir, bolos, sandes e bebidas quentes como o chá e o café.
  • Logo a seguir ao termino das cerimónias religiosas, tinha inicio decorrendo ao longo da noite, o leilão dos ramos colocados em tabuleiros que continham na maioria alimentos prontos a consumir. Os maiores ramos eram naturalmente o da Juíza e o do Juiz.
  • A banda filarmónica, acompanhava as procissões dos ramos e a religiosa. No final do sermão, efectuava um pequeno concerto musical para terminar a sua actuação.
Hoje, os tempos são outros, o foguetório, os ramos e a quermesse já não são o que eram, mas no essencial a festa cumpre integralmente as suas funções.

Um bom dia de festa para todos!

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JJ Rodrigues