"Conceição freguezia derramada por cazaes a N.O. de Faro, quasi toda em terreno plano e de boa produção de cereaes e algum figo. Igreja mediana em fábrica, junto á ribeira que vêm á ponte do Rio Secco na estrada de Faro, só com casas do parocho ao pé, o qual pagava outr´ora 400 réis por anno ao prior de S. Pedro de Faro, de reconhecença. Confina com Estoi ao N., S. João da Venda e Stª. Barbara a O., Faro a S., Pexão a E. ... antigo curato de apresentação do Bispo no termo de Faro..."
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
MERREIRA DO CALOR
O termo que relembro é mais um dos que foram caindo no esquecimento e hoje praticamente em desuso.
"À merreira do calor" para nós quer dizer debaixo de um sol muito forte e abrasador que até pode causar uma doença fatal (ou murrinha).
Para evitar a "merreira do calor", era costume o patrão conceder a folga aos seus trabalhadores agrícolas, nos dois principais meses de verão.
A Folga que correspondia a duas horas de descanso era concedida com o fim de evitar o período de maior calor em que o sol a pino castigava mais quem o enfrentava a descoberto da sombra (ou seja à "merreira do calor"), arriscando apanhar uma insolação ( "soalheiro").
A folga decorria logo a seguir à hora do almoço. Parava-se ao meio dia para almoçar e recomeçava-se ás três da tarde ou seja, gozava-se mais duas horas de folga para além da hora de almoço.
Naturalmente estando no campo e sem trabalhar, procurava-se a sombra de uma árvore para dormir e descansar.
Este costume tornou-se de tal forma hábito nas nossas vidas que mesmo em casa, sem trabalho se dormia a folga.
Por isso amigos, não se descuidem, fujam da merreira do calor e durmam uma boa folga que eu faço o mesmo.
Então até à próxima!
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JJ Rodrigues