quarta-feira, 29 de agosto de 2012

VELHOS TEMPOS

"Sinto grande emoção ao rever este antigo Prospecto ..."

No domingo, de manhã, na nossa aldeia, enquanto deambulava por entre pessoas e ciclomotores antigos, ia encontrando alguns amigos com quem estabelecia pequenas conversas.

Um dos muitos amigos que encontrei foi o Fernando Ramos que me disse que entre as suas coisas, encontrou uma antiguidade que já a tinha entregue ao Álvaro Vale para digitalizar e me enviar.

Hoje, chegou este antigo "Prospecto" que anuncia um "Espectáculo de Variedades" organizado pelo Grupo Cultural e Desportivo da Casa do Povo.

Esta festa teve lugar no sábado, 10 de Julho de 1982 e durante muitos anos, foi assim todos os sábados, nos meses de Julho e Agosto, tendo passado pelo palco da esplanada da Casa do Povo, os artistas de variedades mais conhecidos do país.

Mas também no desporto, atletismo, ciclismo, futebol, ténis de mesa, tinham os seus festivais ou torneios anuais e na cultura e recreio, charola, folclore e teatro, os seus festivais.

Toda esta actividade deveu-se sobretudo ao trabalho dedicado de todos os compunham o Grupo Cultural e Desportivo da Casa do Povo e aos seus familiares e amigos.

Mas o Prospecto trouxe-me á memória estas e outras festas que durante quase vinte anos foram acontecendo na Conceição de Faro e que fez com que a certa altura a nossa Casa do Povo fosse considerada uma das melhores da região algarvia, mercê da sua grande actividade e capacidade organizativa.

É por tudo isto que sinto grande emoção ao rever este Prospecto que me faz recordar uma bela fase da minha longa passagem, pela Casa do Povo.
Obrigado amigos!!!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

MUSEU AGRICOLA DA QUINTA DA BELA SALEMA


"Ciclomotores Antigos visitam o Museu Agrícola da Quinta de Bela Salema"


Durante a realização do seu 10º Encontro Convívio, que teve lugar no passado domingo dia 26 de Agosto, quis o Clube dos Amigos dos Ciclomotores Antigos, da Freguesia de Conceição de Faro, honrar a Quinta de Bela Salema com a sua passagem em desfile e paragem de visita ao seu Museu Agrícola.

Este simpático gesto de amizade e consideração calou fundo no coração do proprietário e anfitrião sr. João Custódio Mendonça Soares, um dos pioneiros do ciclomotorismo algarvio, e uma vida inteira de dedicação e amor à agricultura, o que fàcilmente se compreende pelo carinho e satisfação que demonstra quando fala das alfaias ou objectos que constituem o acervo do seu Museu.

Por isso se emocionou ao receber e ler a dedicatória do livro "O Algarve, Agricultura e Mecanização" das mãos do Autor e amigo sr.Ludgero Urbano, também ele ciclomotorista, estudioso da agricultura e possuidor do interessante mas infelizmente pouco divulgado Museu do Tractor.

As ruas da Quinta de Bela Salema encheram-se de velhas motorizadas, o seu Museu encheu-se de amigos e admiradores, e o seu coração de contentamento e gratidão.

No livro de honra da casa ficaram as assinaturas do amigos que se quiseram registar, e vão testemunhar para sempre um dos momentos de felicidade de um homem bom.

José do Carmo Elias Moreno

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

AQUI


"Aqui 'á uns tempos atrás ..."


Assim começavam quase todas as conversas quando nos queríamos reportar ao tempo passado.

Na verdade quer se tratasse de horas, dias, meses ou anos, a frase começava invariavelmente pela palavra "aqui", embora a força maior da palavra fosse de acordo com o tempo decorrido ou seja, "aqui há uns anos atrás", seria mais acertado que por exemplo, "aqui há umas horas...".

Hoje, a expressão desapareceu quase por completo do nosso vocabulário mas, para que os mais velhos recordem e os mais novos saibam como era "aqui 'á uns anos atrás", fica mais uma evocação dos usos e costumes, da nossa gente.

Não nos move qualquer tipo de saudosismo, apenas vamos recordando aquilo que gravado no nosso sub-consciente, de vez em quando nos vai chegando á memória e achamos interessante partilhar.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

BAILE POPULAR




No sábado, na sua apresentação no festival de folclore, o Rancho Folclórico Danças e Cantares de Vale Paraíso, Azambuja, encenou um "despique" num antigo baile popular.

Nesta representação os bailadores divididos em dois grupos, simulavam uma rivalidade começando por uma espécie de provocação verbal para depois terminarem num renhido baile ao despique.

No final, o baile termina com cada um dos grupos contentores, convencido de que foi o vencedor.

Uma curiosidade neste Rancho que segundo afirmaram é caracteristica  única no país, os bailadores rodam para a esquerda e não para direita o que causa alguma dificuldade nos moços de fora da terra quando pretendem entrar nos seus bailes.

Tudo isto me trouxe á memória o antigo baile do Senhor Manuel, na nossa aldeia, onde as moças de pé junto ás mães, aguardavam que o baile começasse e os convites dos moços para dançar.

Os moços por sua vez juntavam-se no centro ou num dos lados junto ao palco, competindo para assegurar o seu próximo para para dançar.

Algumas moças tinham vários pretendentes e era preciso alguma táctica para as conseguir tirar para dançar.

Os moços mais desinibidos colocavam-se na frente das moças tentando conseguir o par ainda antes de começar a proxima música.
Outros mais tímidos ficavam atrás, no entanto, com um pequeno sinal de cabeça ou mão procuravam assegurar igualmente o próximo par.

Se a moça estava interessada no par, correspondia ao sinal com um leve aceno de cabeça, caso contrário ignorava o sinal, fingia não ver ou abanava a cabeça em sinal negativo.

O convite verbal para dançar era feito em forma de pergunta mais ou menos assim: -Danças?

Se a resposta era sim, a moça com um leve sorriso dizia sim!

Se era não, voltava a cara para o lado.

A recusa da moça ao convite para dançar era considerado uma "tampa".

Par certo significava namoro. Várias danças com o mesmo par, significava, inicio ou tentativa de namoro.
O baile decorria em séries de 2 ou 3 músicas, isto é, quando se tirava a moça para dançar era para uma série.

No intervalo das musicas da série aproveitava-se para uma breve conversa, no final da série normalmente conduzia-se a moça ao local de onde a tínhamos tirado para dançar e apalavrava-se logo a série seguinte, com a mesma moça ou com outra que estivesse próxima, caso contrário, recomeçava a procura de par.

FESTIVAL DE FOLCLORE



A sala de visitas da nossa aldeia, o adro da igreja, voltou a ser palco de mais um festival folclorico que teve lugar no sábado á noite, numa organização do Rancho Folclorico da Casa do Povo.

E em matéria de folclore na Conceição de Faro, este ano parece que é tudo, uma vez que o programa das Festas de Verão, organizadas pela nossa Junta de Freguesia, está marcado para os próximos dias 31 de Agosto e 1 de Setembro, não incluindo o habitual espectaculo de folclore internacional integrado no FolkFaro que decorre entre 18 e 26 de Agosto.

Interrompe-se assim uma tradição que já durava há alguns anos.

Esperamos que seja uma interrupção casual e que no próximo ano a Conceição de Faro volte a fazer parte da programação do Folkfaro, importante Festival de Folclore Internacional, organizado pelo Grupo Folclorico de Faro.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

OBRAS DE SANTA ENGRACIA



A estrada da Penha foi encerrada ao transito há mais de um ano e continua, uma vez que as obras que causaram esta interrupção estão há muito tempo paradas.

Com a paragem destas obras, a estrada antiga continua encerrada, complicando a vida tanto a residentes como aos que diariamente utilizavam aquela estrada a caminho da cidade de Faro.

Quanto ás obras, será que vamos ter aqui uma nova versão das obras de Santa Engrácia?

Esperamos que se concluam rapidamente para alivio de todos.