A Câmara Municipal, na sua reunião de 12 de Janeiro, decidiu desafectar uma parcela de terreno e no futuro proceder á constituição dos direitos de superfície, a favor da Fábrica da Paróquia de Conceição de Faro, para a construção da "Casa Mortuária".
Uma aspiração antiga da Paróquia que tem a "Casa Mortuária" a funcionar em exíguas instalações, num anexo da igreja.
Esta construção chegou a estar projectada para o terreno em frente á igreja, junto á antiga escola primária, surgindo depois a hipótese de construir em terrenos anexos ao cemitério.
Deliberou agora a Câmara, entregar este terreno que se situa em frente á clínica veterinária, para a referida construção, embora tal desafectação necessite ainda de aprovação em Assembleia Municipal.
"Conceição freguezia derramada por cazaes a N.O. de Faro, quasi toda em terreno plano e de boa produção de cereaes e algum figo. Igreja mediana em fábrica, junto á ribeira que vêm á ponte do Rio Secco na estrada de Faro, só com casas do parocho ao pé, o qual pagava outr´ora 400 réis por anno ao prior de S. Pedro de Faro, de reconhecença. Confina com Estoi ao N., S. João da Venda e Stª. Barbara a O., Faro a S., Pexão a E. ... antigo curato de apresentação do Bispo no termo de Faro..."
Uma tristeza! Que falta de pensamento contemporâneo, num local onde residem familias e diversas crianças... com outros locais junto à igreja e ao cemitério muito mais propícios. Por vezes pergunto-me se parámos no tempo e os senhores políticos desconhecem algo de arquitectura paisagística, de ciclo vital, de locais funebres serem locais de respeito e serendidade e nao junto a sardinhadas e miudos brincando... Sinceramente, que desrespeito pelos habitos e culturas de um e de todos.
ResponderEliminarUma tristeza! Incrivel como a desconsideração e falta de respeito é tanta. Inacreditavel como se pára no tempo e deixa de se pensar de forma contemporânea. Não deixo de me questionar porque os cemitérios são construidos fora das cidades? Talvez pela serenidade que os locais funebres exigem. Imagine-se numa urbanização onde habitam familais e crianças... como o povo diz uma "salganahda total", sardinhada, musica, chegar com o saco das compras, churrasco, um bater de palmas, uma futebolada e simultaneamente num mesmo espaço pessoas com tristeza, necessitando do seu espaço de tranquilidade e reflexão. Incrivel, que se deve fazer proibir as crianças de brincar? Ou desligar a musica em prole da tristeza dos demais? Sinceramente que falta de consideração por UM e por TODOS. Um pouco de filosofia e espirito critico aliado a modernidade faz-nos falta a todos, quer dizer o centro dia vai para junto da igraja quando faz bem a crianças e idoso conviverem, num espaço verde com jardins, junto a zonas habitadas e agradaveis,repletas de pessoas e companhia para tantos idosos sós. Mas não esse projecta-se para perto da igreja e a casa mortuária junto a familias e adultos, nao costumo ver crianças nos funerais, os senhores que votam a favor estão acostumados? Ou costumam abrir a janelas e sentir falta de ver as crianças jogando futebol com os amigos contra a parede de casas mortuarias, num momento de culto para outras pessoas? Haja paciência. Já alguem dizia a economia dos tempos nao esta para pensar na economia dos espaços e o melhor é que é sempre tudo "por acaso" =)
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