sexta-feira, 30 de maio de 2008

PISTA DE ATLETISMO


(Na imagem um participante transportando o testemunho. A Imagem de grupo pode ver-se no lado esquerdo o Técnico Rui Costa, da AAA, que é um dos cordenadores da maratona)


Decorre este fim de semana, a inauguração da Pista de Atletismo de Faro que está localizada á entrada cidade, como quem vem de Olhão.

Para nós que saímos da Conceição, basta ir pela Estrada da Caldeira do Neto e a pista surge no final da estrada, do lado direito antes de entrar na estrada de Olhão (EN.125).

Ontem Quinta-Feira pelas 19,00 horas iniciou-se uma maratona de 42 horas, a andar ou correr, uma proposta da Câmara Municipal e da Associação de Atletismo do Algarve, com o objectivo de lembrar que há quarenta e dois anos que os atletas algarvios e em especial os atletas de Faro, esperam a concretização deste sonho que agora se tornou realidade.

A maratona que ontem se iniciou terminará no próximo Sábado, ás 13 horas por isso se quiser ainda pode participar, bastando p+ara tal dirigir-se ao secretariado que durante este tempo funcionará na própria pista e inscrever-se no livro de participações, entrar na pista correr ou caminhar durante o tempo que desejar. É conveniente levar o B.I., para que a sua participação possa ser tornada oficial.

A cerimónia de inauguração terá lugar no próximo Domingo, dia 1 "Dia Internacional da Criança".

quinta-feira, 29 de maio de 2008

SANTUARIO DE FATIMA

Cerca de uma dezena de associados do Paço Branco Clube de Amigos de Ciclomotores Antigos, iniciam amanhã Sexta-Feira, dia 30 de Maio, pelas 7.30 horas da manhã, nos seus velhos ciclomotores uma jornada de quase 500 kms que os levará desde Conceição de Faro, até ao "Santuário de Fátima".

A partida marcada para o adro da Igreja, será antecedida pela bênção do Pároco Padre José António.
A chegada ao Santuário está prevista para o meio-dia de Sábado, onde assistirão a uma celebração eucarística.

Regressam ainda no Sábado a Montemor-o-Novo, onde pernoitam, participando no Domingo, no Encontro de Ciclomotores Antigos de Montemor-o-Novo..
No Blog do clube iremos dando noticias, desta jornada.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O CAPADOR

A maioria das pessoas que vive na Aldeia certamente ainda se recorda, do tempo em que em todas as casas havia o “porco” para matar cuja carne iria ajudar na alimentação da família durante o Inverno.

O porco era comprado ainda pequeno para criar, até atingir o tamanho ideal e dar aí umas 8 ou 9 arrobas de peso, após o que estava pronto para a “matança” ou “matação”.

A matança do porco era uma festa, uma celebração anual, para família, amigos e vizinhos que sendo convidados para ajudar, eram depois recompensados com uns saborosos petiscos.
Durante os trabalhos da matança, da limpeza, retirada das vísceras bebia-se aguardente acompanhada de bolos e frutos secos.

O almoço era o sangue cozido, temperado com cebola, salsa, azeite e vinagre. Vinha depois o guisado, com um pouco de lombo e fígado, tudo acompanhado de um bom vinho tinto.

Continuavam os trabalhos de preparação das carnes para guardar na salgadeira, porque frigorífico ou arca congeladora, naquele tempo, era coisa que não existia.

Faziam também a miga que alguns dias mais tarde iriam dar nas saborosas chouriças.

Preparavam-se as banhas para fritar, no que resultava a banha e os saborosos torresmos.

Ao jantar todos novamente reunidos e era altura de se comer um cozido de grão, com a língua, o coração, as orelhas e os pezinhos.

Pela noite fora contavam-se histórias, cantava-se, enfim fazia-se festa.

Mas afinal eu queria contar a história do “capador”.

O “capador” era o homem que capava os pequenos porcos para que eles crescessem sem pensar nas suas parceiras. Se não fossem "capados" a sua carne mais tarde viria a ter cheiro e sabor a "barrasco" que não é nada bom.

Na nossa Aldeia, operava um capador, o senhor "Cavalaria" que vinha de Estói.

Por vezes quando algum animal adoecia, era também chamado para dar uma “consulta”.

O homem chegava, aconselhava esta ou aquela mezinha e a coisa quase sempre se resolvia.

Havia no entanto um famoso “doutor” que dava pelo nome de “Manelinho da água” que na ausência do "Cavalaria" era chamado á pressa, como último recurso.

O “Manelinho” chegava, olhava para o animal e perguntava ao dono: -O porco come?

Normalmente e porque só era chamado á última hora, a resposta era:- “Não!”

Então ele sabiamente sentenciava: -Ah não ?!... então se não come ... o porco morre!!!

E pronto estava dada a consulta!