domingo, 9 de dezembro de 2007

FESTA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

"Dia da Conceição..."

Com a presença de muito público, comemorou-se ontem na nossa Aldeia, mais um dia de festa em honra de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da nossa freguesia.

Ao longo dos anos esta festa tem sofrido várias alterações, quer na sua programação quer na forma organizacional, mercê dos tempos e das vontades dos seus organizadores. Este ano a festa sofreu mais uma transformação, levando algumas pessoas mais velhas a mostrar algum descontentamento, afirmando que parecia não haver festa. Isto porque o Adro da Igreja, onde normalmente tem lugar o arraial, não estava segundo essas pessoas, minimamente arranjado.

O largo apresentava-se completamente livre, apenas com iluminação decorativa do Natal, ai se reunindo todo o povo antes da procissão e após a chegada da mesma, para ouvir o sermão do Padre, assistindo de imediato ao fogo de artificio. Foi de seguida aberto o salão da casa paroquial, para o convívio de todos e também para os comes e bebes.

No salão da Casa do Povo teve lugar o leilão de Ramos, assim como a actuação do Rancho Folclórico “Os Amigos do Montenegro” e o Baile.

Quanto a nós nada de essencial mudou continuando a existir, o que na verdade é importante quer na parte religiosa, quer na de mero convívio e confraternização entre todos.

Na verdade com esta alteração, se alguma coisa se perdeu foi o lado comercial da festa, ao efectuar em locais diferentes, o leilão dos ramos, o folclore e o baile, por um lado e o bar, por outro.

A propósito destas alterações, um natural da Conceição com mais de setenta anos, de idade, recordava que antigamente antes da procissão propriamente dita, tinha lugar a procissão dos ramos, a partir mais ou menos da zona do cemitério até á porta da Igreja, desfilavam todas as pessoas transportando as suas ofertas (os Ramos), na frente os Juízes da Festa e atrás a Banda de Musica que ao som de uma marcha, marcava o ritmo, acompanhado do estalar dos foguetes.

A mesa dos Ramos estava colocada em frente á porta sul. O Largo era todo iluminado com centenas de lâmpadas, decorado com folhas de palmeira, assim como a parte exterior da Igreja.

Funcionavam também, um Bazar e uma Tômbola, tendo ainda a presença de umas jovens que nos colocavam umas fitas coloridas, na lapela a troco de alguns tostões. No salão paroquial, naquele dia denominado salão de chá, bebia-se o dito e comiam-se bolos e a festa durava até altas horas da madrugada, só terminando após serem queimadas as “árvores de fogo”.

As árvores de fogo causavam sempre grande expectativa nos presentes, pelo que ninguém arredava pé da festa, sem ver as árvores de fogo.

As árvores de fogo e as cascatas eram artefactos de fogo de artifício preso, sendo as últimas queimadas á chegada da procissão.

1 comentário:

  1. Pois é, os bons-velhos-tempos! E agora lanço aqui uma questão: Qual a razão destas mudanças? Os habitantes da aldeia, a igreja ou ambos?

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JJ Rodrigues