"Conceição freguezia derramada por cazaes a N.O. de Faro, quasi toda em terreno plano e de boa produção de cereaes e algum figo. Igreja mediana em fábrica, junto á ribeira que vêm á ponte do Rio Secco na estrada de Faro, só com casas do parocho ao pé, o qual pagava outr´ora 400 réis por anno ao prior de S. Pedro de Faro, de reconhecença. Confina com Estoi ao N., S. João da Venda e Stª. Barbara a O., Faro a S., Pexão a E. ... antigo curato de apresentação do Bispo no termo de Faro..."
terça-feira, 12 de novembro de 2013
SEMENTEIRA BOA
Longe vão os tempos em que na Conceição de Faro, a "Sementeira Boa", era aquela que se fazia antes da Festa da Padroeira ou seja antes de 8 de Dezembro.
A partir dessa data as sementeiras eram consideradas "serôdias" ou tardias.
Também não se podia correr o risco de as fazer "temporôas" ou "temporãs", isto é, demasiado cedo porque nesse caso poder-se-ia perder a sementeira devido ao calor e falta de chuva.
Nesse tempo a fava e o grizéu predominavam nas sementeiras de sequeiro da freguesia a que se juntavam o trigo, aveia, centeio, cevada e algum grão de bico.
As favas e os grizéus (ervilhas) enquanto verdes e frescos iriam servir-nos de apetitosas refeições durante a primavera, até começarem a secar ainda na rama, sendo recolhidos da terra no final desta estação (inicio mês de Junho).
Depois de secas as sementes dos grizéus iriam ser guardadas para a próxima sementeira.
Quanto ás favas também se guardando para semear, o excesso servir-nos-ia para alimentar os animais muares e o nosso próprio consumo sendo muito apreciadas torradas.
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JJ Rodrigues