"Conceição freguezia derramada por cazaes a N.O. de Faro, quasi toda em terreno plano e de boa produção de cereaes e algum figo. Igreja mediana em fábrica, junto á ribeira que vêm á ponte do Rio Secco na estrada de Faro, só com casas do parocho ao pé, o qual pagava outr´ora 400 réis por anno ao prior de S. Pedro de Faro, de reconhecença. Confina com Estoi ao N., S. João da Venda e Stª. Barbara a O., Faro a S., Pexão a E. ... antigo curato de apresentação do Bispo no termo de Faro..."
segunda-feira, 10 de junho de 2013
MARRALHEIRO
Está a chegar o verão, temperaturas amenas e é tempo de preparar os recintos para as festas ao ar livre.
Vêem aí as Festas dos Santos Populares e logo a seguir as festas de verão e os festivais de folclore.
Na aldeia de Conceição de Faro, a Junta de Freguesia, já tem programada a sua "Sardinhada" para a noite do próximo Sábado dia 22 de Junho que como habitualmente terá lugar no adro da igreja, com baile e participação da "Marcha de Bordeira".
Há alguns anos atrás era o Grupo Cultural e Desportivo da Casa do Povo que tomava a iniciativa e organizava as Festas de Verão, na nossa aldeia.
Todo o grupo se mobilizava dando o melhor de cada um dos seus elementos para que tudo corresse bem e as festas fossem um sucesso.
Todos ou quase todos, porque havia um que se fazia "marralheiro" e ficava por ali a observar o trabalho dos outros, sem nada fazer.
O "marralheiro" nem se dava ao trabalho de fingir que trabalhava e embora estivesse sempre presente, nada fazia, para além de nos fazer companhia e dizer uma ou outra "graça".
Foram mais de vinte anos que por ali andámos e sempre havia um ou mais marralheiros no grupo, repetindo-se a cena.
Há dias, encontrei por acaso, um desses tais marralheiros que há alguns anos não via. A conversa resvalou para as antigas actividades, do Grupo Cultural e Desportivo da Casa do Povo, recordando com alguma saudade aquela época das nossas vidas.
-Bons tempos, afirmava ele.
-É verdade mas já passaram, concordava eu.
-Que grandes festas que nós fazíamos naquele tempo, dizia ele.
-Nós?! ... Áh é verdade, tu também lá andavas, confirmei eu.
-Claro, então? ... fiz parte do grupo, orgulhava-se ele.
Conversamos sobre estas e outras banalidades e acabámos por nos despedir.
-Até á próxima amigo!
-Até á próxima e aparece!
Despedi-mo-nos e fiquei a pensar no "marralheiro". Afinal a sua participação foi importante para ele e quiçá para nós, porque como diz o ditado: -Se não empatares, já ajudas.
E ele, fazendo-se marralheiro manteve-se quieto e não empatou!
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JJ Rodrigues