Por pouco ou quase nada ...
Hoje de manhã quando regressava da caminhada matinal ia estendendo a aguilhada, contava eu á minha mulher que me olhou com ar interrogativo.
Percebi que não entendeu o sentido da frase e repeti: - Sim, ia estendendo a aguilhada!
Eu ouvi bem mas não sei o que queres dizer com isso, perguntou.
Expliquei melhor:- Oh mulher, ia caindo, estatelando-me ao comprido! Por pouco ou quase nada que não tropeço no gato e caio.
Esta frase saiu-me naturalmente sem pensar. Há anos atrás era muito comum ouvir-se mas actualmente caiu em desuso, até porque também já não se usa a aguilhada.
A aguilhada era um instrumento constituído por um pau ou vara com cerca de metro e meio de comprimento e poucos centímetros de diâmetro que numa das pontas tinha uma espécie de espátula de ferro que servia para libertar o arado da terra, ervas ou raízes que se lhe prendiam e dificultavam a lavoura. Na outra ponta tinha atada uma pequena corda ou correia que servia para tocar e incitar os animais que puxavam o arado.
Naturalmente que se a aguilhada caia estendia-se ao comprido no que em sentido figurado foi transposto para outros casos de pessoas, animais ou objectos.
Fazendo votos para que ninguém estenda a aguilhada, resta-me desejar-vos um bom dia!
"Conceição freguezia derramada por cazaes a N.O. de Faro, quasi toda em terreno plano e de boa produção de cereaes e algum figo. Igreja mediana em fábrica, junto á ribeira que vêm á ponte do Rio Secco na estrada de Faro, só com casas do parocho ao pé, o qual pagava outr´ora 400 réis por anno ao prior de S. Pedro de Faro, de reconhecença. Confina com Estoi ao N., S. João da Venda e Stª. Barbara a O., Faro a S., Pexão a E. ... antigo curato de apresentação do Bispo no termo de Faro..."
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JJ Rodrigues