"Conceição freguezia derramada por cazaes a N.O. de Faro, quasi toda em terreno plano e de boa produção de cereaes e algum figo.
Igreja mediana em fábrica, junto á ribeira que vêm á ponte do Rio Secco na estrada de Faro, só com casas do parocho ao pé, o qual pagava outr´ora 400 réis por anno ao prior de S. Pedro de Faro, de reconhecença.
Confina com Estoi ao N., S. João da Venda e Stª. Barbara a O., Faro a S., Pexão a E. ... antigo curato de apresentação do Bispo no termo de Faro..."
A Casa do Povo, leva a efeito no próximo Sábado, 4 de Janeiro de 2020, a partir das 17.00 horas, o seu 39º. Festival de Charolas, com a participação dos seguintes grupos:
Charola do Rancho Folclórico da Luz de Tavira
Charola Aldeia Branca - Estoi
Charola Democrata Bordeirense - Bordeira
Cancioneiro do Grupo Folclórico de Faro
Charola da Casa do Povo de Conceição de Faro
A Casa do Povo convida todos os sócios, familiares, amigos e demais interessados, a assistir a este tradicional festival.
Daniel Gradovoi, do Clube de Karaté da Conceição de Faro, conquistou a medalha de Bronze, no Campeonato Nacional de Karaté, categoria de Kumité Cadete Masculino +701Kgs, que decorreu no passado Sábado, 7 de Dezembro, em Portimão.
O Clube de Karaté da Conceição de Faro, participou ainda com mais dois atletas e dois treinadores.
Os nossos parabéns aos atletas e seus treinadores, em particular ao atleta medalhado, ao Clube e ao César Martins que continua a fazer um óptimo trabalho.
Festa secular em honra da nossa Padroeira Nossa Senhora da Conceição que se realiza anualmente no dia 8 de Dezembro.
A festa presidida pelo padre da nossa paróquia, Frei Agostinho Pais Pereira, foi organizada pela Comissão Paroquial, com o apoio do Município de Faro, União de Freguesias de Conceição e Estoi, Casa do Povo de Conceição de Faro, contando com a ajuda de diversas pessoas, associações, entre elas, o Agrupamento 1201 Nª. Sª. da Conceição do Corpo Nacional de Escutas e empresas da freguesia.
Os Juízes da Festa foram a Ana Rita e o César Martins.
A participação musical esteve a cargo do Grupo Coral Paroquial e da Banda da Associação Filarmónica de Faro.
No final, após o leilão dos "ramos" que decorreu na Casa do Povo, actuou o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Conceição de Faro.
Para podermos planear a Festa do nosso "Encontro", é necessário sabermos antecipadamente o numero de participantes.
Para facilitar criámos um pequeno formulário de pré-inscrição pedindo a todos os amigos interessados que o preencham e o submetam, o que desde já agradecemos.
O objectivo deste "Encontro" é o de juntar em convívio e confraternização, antigos atletas, dançarinos charoleiros e actores de teatro, seus familiares e amigos, que em algum momento actuaram em representação da Conceição de Faro.
Os antigos elementos do Rancho Folclórico, já fizeram dois ou mais encontros, também os antigos jogadores de futebol tiveram um ou dois encontros, pensamos que é o momento de juntarmos todos num só encontro.
Para este encontro convidamos todos os que participaram em jogos, torneios, campeonatos e outras competições desportivas, nas seguintes modalidades:
Atletismo
Ciclismo
Futebol
Ginástica
Karaté
Ténis de Mesa
Voleibol
Também para este encontro convidamos todos os que participaram nas actividades culturais e recreativas:
Charola
Folclore
Teatro
Com o programa e data ainda por definir, vamos passando a palavra ouvindo as opiniões para obtermos um maior consenso e poder fazer o encontro de acordo com a vontade de todos.
"Brandeiro" é mais uma palavra que raramente se escuta na Conceição de Faro e que só os mais velhos conhecem o seu significado.
Aos poucos foi caindo em desuso, fazer o próprio pão, devido ás dificuldades inerentes quer seja de amassar e tender, quer de cozer no forno, sendo também raros os fornos particulares existentes na freguesia.
Há algumas dezenas de anos atrás existia um forno a lenha à porta de quase todas as casas e o pão era cozido em quantidade suficiente para alimentar a família por uma ou duas semanas.
Com os restos da massa, que já não chegava para tender um pão de tamanho normal, fazia-se um ou mais "brendeiros" (pães pequenos), na Conceição chamávamos-lhes "Brandeiros" .
No interior dos "brandeiros", por vezes, colocava-se um pedaço de chouriça, toucinho ou torresmos.
Aos "brandeiros" assim recheados chamávamos-lhes "Bolos".
Destes pequenos pães, o mais apreciado era o "bolo com chouriça", tanto assim, que ainda hoje se pode comprar em feiras, mercados e até nas padarias, continuando a fazer as delicias de muitos apreciadores.
É comum dizer-se, em particular as pessoas mais idosas, que isto já não é o que era. Na verdade em relação ao bolo com chouriça, de facto assim é, nem o pão é igual, nem a chouriça se pode comparar aquela que fazíamos na nossa própria casa.
A comercialização generalizada fez com que tanto o pão como a chouriça tenham perdido muito do seu sabor original.
Apesar de tudo, continuo fiel ao "bolo com chouriça" agora chamamos-lhe "pão com chouriça" e de vez em quando lá mato as saudades, comendo um!
Quanto ao forno, o meu está intacto, cheio de lenha e pronto para funcionar, só não há quem o queira utilizar.
"Toka" variedade de figo bravo na altura da saída do insecto quando à medida que vão abandonando o sincónio param uns instantes para descarregar o excesso de pollen que trazem agarrado ao corpo e assim aligeirar o voo até aos frutos que já se encontram receptivos.
A figueira brava 'macho' a tal de toque, 'cabrafiga', caprifig, trata-se duma figueira que nasce da semente do figo que foi polinizado pelo insecto 'blastophaga psenes'.
Pássaros, roedores, o homem, etc.. serão os responsáveis pela disseminação dessas sementes na Natureza.. e uma vez encontradas condições propicias germinam, crescem e tornam-se figueiras bravas de grande porte, que podem ser:
De fraca qualidade para a produção de bons figos de toque
Somente crescer sem produzir qualquer figo
Boas produtoras de figos de toque
Eventualmente (muito raramente) produzir figos comestíveis de boa qualidade...
Alguns agricultores já terão encontrado nos seus terrenos figueiras que não plantaram e que dizem .... 'nasceu prá li' e que produzem óptimos figos, geralmente do tipo 'Smyrna' e que carecem sempre de polinização.
Também muitas figueiras bravas têm sido utilizadas como bons 'porta enxertos'
Já que estamos a falar de figos de toque devo dizer que a figueira 'toka' como chamamos no Barlavento, produz no ciclo anual, pelo menos 3 tipos de figos bravos.. e para simplificar vamos chamar-lhes:
O primeiro "de Primavera" que vem logo em Junho coincidindo mais ou menos com o tempo dos Lampos comestíveis,..os de São João.
O segundo "de Verão" e que nas boas figueiras tokas devem estar precisamente agora bem à vista, preso na axila das folhas, tal e qual os vindimos saborosos mas cuidado pois podem parecer comestíveis..?!
O terceiro "de Inverno" que à medida que a figueira perde a folha estes figos escuros de aspecto sujo e muito duros ao tacto crescem ao longo das pernadas que vão ficando lenhosas... pelo Inverno fora em maior ou menor numero..
As boas figueiras tokas mostram figos bravos ao longo de todo o ano e isto porque a Mãe Natureza se comprometeu a dotar a figueira brava dum fruto capaz de alojar e alimentar o insecto polinizador durante todo o ciclo anual, dotando-o com pollen na altura mais propicia
Fico por aqui e sugiro que se puderem dêem uma espreitadela a alguma figueira ou figueiras bravas para ver se tenho razão.. e depois continuamos..
Assisti com prazer, há poucos dias, a mais um Festival de Folclore, no adro da Igreja da nossa Aldeia, numa organização da Casa do Povo e do seu Rancho Folclórico.
Vi nascer o Rancho Folclórico, assisti à primeira apresentação publica, à sua evolução e em determinados momentos fiz parte da sua história, na qualidade de dirigente da Casa do Povo.
Gosto e tenho orgulho do nosso Rancho Folclórico, do seu historial e em tudo em que ele contribui para o engrandecimento e divulgação da nossa terra.
Tal como um bom filho, tenho um amor incondicional à Conceição de Faro e a tudo o que lhe diga respeito, defendendo o seu bom nome, a sua história e as suas gentes.
É em nome desse amor e dessa história que decidi dar um pequeno contributo para o melhor conhecimento de alguns factos.
Fundação/Criação do Rancho
Henrique Bernardo Ramos, faz parte, como muitos outros, da história do nosso Rancho Folclórico, mas não foi o seu fundador, tendo até declinado o convite que lhe foi feito no inicio, para o ensaiar.
O Rancho Folclórico foi fundado pela Comissão Organizadora da Casa do Povo, por sugestão do major Mateus Moreno, um natural da Conceição e naquela época, presidente da Casa do Algarve, em Lisboa e que estava a ajudar, junto do Governo, na aprovação da criação e respectivo Alvará, da Casa do Povo.
Tal sugestão deveu-se ao facto de que era preciso que houvesse alguma actividade cultural na aldeia que justificasse perante o Governo, a criação da sua própria Casa do Povo. Até então aqui funcionava uma delegação da Casa do Povo de Estoi.
A Comissão convidou o Mário da Encarnação que aceitou o convite, tornando-se assim, no primeiro ensaiador do Rancho.
Dançar o corridinho
Quando se diz que nas Festas da Padroeira os rapazes no final dançavam o corridinho no Largo da Igreja, tal não corresponde minimamente à verdade
Até ao 25 de Abril, a igreja proibia terminantemente bailes no dia da festa da Padroeira. Os bailes na Festa só começaram a fazer-se alguns anos após o ano de 1974 e no salão da Casa do Povo;
Uma vez que se pretende contar a história da Conceição, seria bom dizer-se que:
Muito antes do inicio do Rancho Folclórico já existia na Aldeia, uma escola de dança que era o Baile do Sr. Mariano e mais tarde do Sr. Manuel, aí sim, os rapazes e raparigas ensaiavam nas noites de Domingo, os seus primeiros passos de dança.
O corridinho dançava-se no final para terminar o baile e em certa época, dançavam apenas duplas de homens com homens, numa espécie de jogo a que chamavam “Varrer o Teso”.
Repertório
Como será de imaginar o repertório do nosso Rancho Folclórico, baseava-se no do Grupo Folclórico de Faro, de onde veio o seu primeiro ensaiador Mário da Encarnação e mais tarde quase todos os elementos do mesmo grupo, incluindo o próprio Henrique Bernardo Ramos.
O "Baile de Roda Não te Encostes à Parreira" faz parte desse repertório desde sempre, aliás encontra-se gravado nos antigos discos e cassetes do rancho, não se percebe quando o fomos recolher a Alte.
Numa gentileza da minha vizinha Deolinda Bolas recebi esta foto que é uma recordação da antiga Escola da Galvana que também era conhecida por escola do Mateus Moreno.
A própria Deolinda Bolas identificou os alunos e a professora, onde constam nomes bastante conhecidos na nossa freguesia que em 1943 frequentavam a escola da Galvana.
Em cima: -David Rosa/ Leonel Horta / António Cabeceira / Joaquim R. Viegas (Sabino) / João Clemente / Henrique / Maria do Carmo
Na escola da Galvana estudava-se até à 3ª. classe, a 4ª. (só para alguns) já era feita na escola do Areal Gordo.
Naturalmente que a maioria não chegava à 4ª. classe, uma vez que para os seus pais era mais importante a ajuda que lhes poderiam dar na labuta do dia a dia, do que a conclusão da escola primária. Naquela época para além das escolas já citadas, também haviam as escolas da Ferradeira e da aldeia que serviam os alunos da freguesia da Conceição.
Numa cerimónia simples e circunstancial foi ontem à tarde descerrada a placa que assinala a inauguração do novo Poli-desportivo da nossa aldeia que foi construído no terreno que há muito tempo lhe estava destinado ou seja no final da Rua das Alfarrobeiras, em frente à oficina do Carlos Cavalaria.
Após alguns anos de espera temos agora na aldeia um poli-desportivo que esperamos possa ajudar a desenvolver a actividade desportiva.
O campo de jogos é descoberto, de piso sintético, com as dimensões adequadas, iluminação nocturna, equipado e marcado para as modalidades de Andebol, Basquetebol, Futsal e Voleibol.
Lamentavelmente não tem espaço para a área dos bancos de suplentes e substituições, nem para a mesa de cronometrista e apontador, o que não permitirá por esse motivo efectuar competições desportivas.
Tem três balneários equipados, arrecadações, uma mini bancada para publico com as respectivas instalações sanitárias.
O campo de jogos que é circundado por uma vedação bastante alta mas não existe protecção para as restantes instalações, deixando-as por esse motivo à mercê de todo o tipo de vandalismo.
Também não existe zona para estacionamento automóvel.
Saudamos e aplaudimos o esforço de todos os que contribuíram para a construção do espaço e esperamos que possa rapidamente ser colocado à disposição de todos os praticantes desportivos da nossa aldeia.
O Polidesportivo de Conceição de Faro, é inaugurado hoje Quarta-Feira, 17 de Julho, às 18.30 horas.
Um velho anseio dos jovens da Conceição estas novas instalações desportivas vêem colmatar uma lacuna existente nesta área, na nossa aldeia.
No passado ainda funcionou de forma precária, no recinto da Casa do Povo, mas sem as dimensões adequadas para a prática da maioria das modalidades desportivas, deixou de ser utilizado para o efeito.
Finalmente o problema resolveu-se, esperamos que rapidamente possa começar a ser utilizado por todos.
