quinta-feira, 29 de outubro de 2009

AUTO ESTRADA



Voltaram a ser recolocadas as "bandeirolas" de marcação do traçado da auto-estrada que liga a Via do Infante, nó de Estoi, a Faro, Variante Norte.

Foram recolocadas no mesmo local onde estavam anteriormente o que faz pressupor que o traçado original, ou pelo menos parte dele, não foi abandonado e será para manter. Sendo assim, teremos a estrada a passar pelo Besouro, Paço Branco e Campinas, com algumas alterações no pormenor do projecto inicial.

Conclui-se assim que a luta de um grupo de moradores locais que há muito tempo vem chamando a atenção para o facto deste traçado ir estragar algumas das melhores hortas e pomares, do concelho de Faro, não obteve apoio junto de quem tem o poder de decidir.

Há oito ou nove anos atrás quando foi feita a consulta publica, após duas assembleias de freguesia, foi aprovada por maioria (5 votos a favor e 4 contra), a opção da Chaveca, Caliços, Galvana, mas tal aprovação não teve qualquer influência na decisão final.

Nessa altura, o executivo da Junta, propunha o alargamento da EN2.

Como foi dito nessa assembleia, a escolha seria sempre pelo traçado economicamente mais favorável o que parece ser a opção que ainda se mantém.

sábado, 24 de outubro de 2009

MENSAGEM



Caros Fregueses da Conceição de Faro,

É para mim motivo de alegria, de grande satisfação e uma grande honra poder estar mais um mandato à frente desta Freguesia que me viu nascer! Quero desde já agradecer-vos, em meu nome e da minha equipa, todo o apoio e confiança que, mais uma vez, depositaram em nós. Esta vitória é Vossa!
Vêm aí mais quatro anos de Trabalho e Dedicação em prol da Conceição de Faro. Esta é uma equipa que esteve, está e estará sempre ao serviço de todos Vós! Temos um programa com objectivos bem claros e definidos! Queremos cumpri-lo! É baseado nesse programa que iremos continuar a melhorar e a fazer crescer a Nossa Freguesia! Temos vontade de fazer mais!
A Junta de Freguesia é de todos Nós! Estarei sempre disponível para debater ideias, recolher opiniões e ouvir sugestões. Todos os contributos são bem-vindos. Esta é a minha forma de trabalhar!

TRABALHÁMOS, CUMPRIMOS!
IREMOS CONTINUAR!
OBRIGADO CONCEIÇÃO DE FARO!

(José António Viegas Leal Jerónimo)

sábado, 17 de outubro de 2009

POSSE

Toma posse na próxima Terça Feira, 27 do corrente, pelas 21,00 horas, a nova Assembleia de Freguesia, de Conceição de Faro que de acordo com a lei, contará com 9 elementos, sendo 6 eleitos pela lista do PS e 3 eleitos pela lista da coligação PSD/CDS/.

Na mesma cerimónia que decorrerá no salão da Junta, tomará também posse para um novo mandato, o respectivo "executivo," todo afecto á lista do PS.

Embora mantendo os dois primeiros elementos, a composição do novo executivo, deverá ser a seguinte:

Presidente: -José António Leal Jerónimo
Tesoureira: -Dª. Vanda Vicente
Secretário: -João Ferradeira

domingo, 11 de outubro de 2009

ELEIÇÕES AUTARQUICAS

O Partido Socialista voltou a vencer em toda a linha, na Conceição de Faro, agora para as eleições autárquicas.

Para a Junta de Freguesia os resultados foram os seguintes:

PS - 1163
PSD-525
CDU-133
INDEPENDENTES - 101

Com esta votação o actual Presidente da Junta, José António continuará á frente dos destinos da freguesia.

Em relação á Assembleia de Freguesia nada se alterou, continuando o PS, com a maioria absoluta ou seja 6 mandatos e o PSD, apenas com 3.
As outras forças politicas não elegeram qualquer deputado de freguesia.

sábado, 3 de outubro de 2009

CONDUTO

"... acompanhava o pão, nas refeições..."



Conduto é uma palavra caída em desuso e hoje não faz sentido, sendo até desconhecida dos mais jovens.

Conduto era o que acompanhava o pão, nas refeições. As pessoas mais pobres faziam as refeições com um bocado de pão e o conduto.

Comia-se o pão atamancando o conduto que ia desde um simples punhado de azeitonas, até uma coisa mais rica como um pedaço de chouriça, de toucinho ou presunto. Ás vezes umas sardinhas ou carapaus assados nas brasas, fritos ou "alimados".

Um simples ovo frito ou omelete também servia de conduto.

No inverno, á falta de peixe fresco, as "sardinhas amarelas" (salgadas), comiam-se assadas na brasa, temperadas com azeite, servindo igualmente de conduto.

No rigôr do inverno até o figo seco ou torrado, servia de conduto, comendo-se com pão.

Sendo um alimento barato, o pão era a base de toda a nossa alimentação. Há alguns anos atrás, não havia refeição sem pão. Feito em casa cozido no forno de lenha.

Embora alguns homens também o fizessem normalmente cabia ás mulheres esta árdua missão, composta por várias tarefas.

Começando por "peneirar" a farinha de trigo, para lhe retirar o farelo, coloca-a num alguidar de barro, junta-lhe um pouco de sal, água morna, fermento e batata doce cozida, para amassar.

O fermento utilizado é nem mais nem menos, do que um pouco de massa da amassadura anterior, de há uma ou duas semanas atrás .

Amassar significa aos poucos, ir misturando a farinha com a água morna, o fermento e a batata doce cozida, para formar uma massa que é calcada (socada) enérgicamente com os punhos fechados, voltando-a e tornando a voltar, até estar bem misturada.

Depois de bem amassada, tapa-se para não arrefecer e espera-se que levede. Levedada a massa que no inicio ocupava metade do alguidar, crescerá, quase extravazando no rebordo superior e estará pronta para "tender" os pães.

Tende-se o pão retirando um pedaço de massa do alguidar, colocando-o sobre a tábua de tender, pulvilhada com um pouco de farinha, enrola-se modelando a massa com ambas as mãos, dando-lhe o feitio do pão pretendido.

Num tabuleiro de madeira previamente forrado com um pano limpo, coloca-se o pão assim tendido, volta-se a tapar, esperando que termine o processo de levedura, para poder ir ao forno.
Para ver se levedou bem, ao tender faz-se um sinal mais ou menos profundo na cabeça do pão que ao fim da levedura deverá desaparecer completamente.

Por vezes com os restos da massa, faz-se um ou mais "brandeiros" (pães pequenos) no interior dos quais se coloca ou não, um pedaço de chouriça ou toucinho.

Também com a farinha que se retira da peneira mais fina, ou seja com um pouco de farelo á mistura, faz-se um pão "ralão", mais grosseiro e menos apreciado.

No forno aceso, se necessário põe-se mais lenha, com a ajuda do "forcado". O solo, as paredes e a abóbada deverão ficar completamente brancos, sinal de bem aquecidos. Finalmente com o "rodo" puxam-se as brasas para a entrada, retirando-as. Com as "toucas" limpam-se as cinzas, do solo, onde com a pá, se colocará o pão para cozer.

Antes de fechar a porta do forno, deita-se supersticiosamente algumas pedras de sal sobre as brasas acumuladas á entrada e com a pá fazem-se duas cruzes sobre a frente tisnada do forno, murmurando-se "Deus te acrescente!"
"Cada estalinho cada saltinho,"
crê-se que a cada estalinho do sal, corresponda um saltinho no crescimento do pão.
Na verdade, se bem amassado, levedado e cozido, o pão crescerá quase para o dobro do tamanho que tinha ao entrar para o forno.

Durante a cozedura é preciso vigiar e com a pá efectuar pequenos movimentos no pão deslocando-o no solo, de um lado para outro, para que não se queime.
Se o forno estiver demasiado quente, entreabre-se a porta e destapa-se o "ouvido" para que respire e perca um pouco de calor.

Depois de cozido, retira-se do forno com a pá, limpando algumas cinzas que possam ter ficado na sua base.
Volta a ser guardado no tabuleiro de madeira, com um pano e um cobertor, tapa-se bem para que não apanhe demasiado ar e endureça.
Para melhor o conservar algumas pessoas passam-lhe um pouco de azeite, pela côdea ainda quente.

Feito desta maneira, o pão conserva-se em condições de ser consumido, ao fim de uma ou duas semanas.